sábado, 3 de março de 2012

Nostalgia - final

Quando estava com ele tudo era perfeito. Tínhamos uma sintonia sem igual.
Comecei a ficar conhecida entre os melhores amigos dele, nos finais de semana que ele vinha trabalhar (inclusive aos domingos), alguns amigos davam uma passadinha na oficina, se me vissem me cumprimentavam, conversavam como se eu realmente fizesse parte do mundo deles.
Mais precisamente, como se eu fosse a namorada oficial do “cara”.
Passamos longos 3 anos nesse caso todo. Mas, foi na metade do segundo ano de envolvimento, que a namorada começou a pressioná-lo para que casassem logo ( acho que começou a se sentir ameaçada).
Segundo ele, ela montou uma festa de noivado “surpresa”, não acreditei muito nisso... Mas não adiantava de nada eu achar ruim. Na verdade eu nunca senti curiosidade em perguntar o porquê ele casou sem gostar dela realmente, pois quem ama verdadeiramente não trai (pelo menos na minha concepção.
Claro, que depois de saber dessa história eu fiquei super chateada, pois por mais que por fora eu negasse por dentro eu queria muito que eles terminassem e ele resolvesse ficar comigo.
Mera ilusão de adolescente, não é?!
Essa história de noivado me esfriou e me desiludiu em 60%. Depois do dia que eu soube disso e comecei a ver a aliança no dedo dele (muitas vezes ele a escondia), eu passei a ir menos na oficina, o evitava na maior parte da semana.
Em pouco tempo ele percebeu e, uma noite me ligou dizendo que precisava urgente falar comigo. Se tem uma coisa que eu sou é curiosa, fui com uma condição: só conversaríamos em frente de casa. Ele então topou, achando estranho, mas não discutiu e nem questionou.
Quando cheguei à primeira coisa que ele fez foi pegar em minha mão, olhou bem para mim e perguntou o que estava acontecendo. Respondi que nada de mais, só estava tendo que estudar para as provas. Tudo mentira, mas, não deveria contar a verdade, afinal, na altura que o campeonato estava não tinha nada que eu pudesse fazer.
Ficamos um tempo em silêncio,  eu olhando para o nada e ele tentando encontrar o meu olhar, então ele resolveu puxar assunto, dizendo: “Não gosto de ter você distante.”
Pensei tanto pra responder, que no fim das contas fiquei é muda. Afinal, o que ele queria?! Ele iria casar!! E na idéia dele eu continuaria a ser a outra, mas eu não queria aquilo para mim, mas de maneira nenhuma.
Percebendo o meu silêncio ele abriu o portão e me deu um abraço. Procurei me desvencilhar dele, o mais rápido, pois meus olhos já estavam cheios de lágrimas e se continuasse no abraço, eu iria chorar com certeza.
No final deste mesmo ano, em outubro mais ou menos, ele casou.
E em pouco menos de um mês eu me afastei de vez. Perdemos o contato, só restou as olhadas que ele ainda me dá.

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