Embarquei nas lembranças da minha adorada adolescência, onde eu podia pensar e agir da forma que eu quisesse pq tudo estava bem, não tinha tanta responsabilidade quanto hoje em dia.
Lembrei-me dos meus 14 até meus 17 anos, época e idade boa... Sempre com a turma nos finais de semana, curtindo e fofocando com o pessoal, em especial com as amigas.
Mas também me lembrei do cara sensação da época (rsrs), aquele que sempre era o meu caso, não importando se eu namorava alguém, ou não. Ele sempre tinha um lugar especial, por mais louca que fosse a nossa relação, afinal, não podíamos oficialmente namorar, primeiro porque minha mãe não ia com a cara dele e ele era comprometido há 7 anos, ia até casar.
No início ele ficava com uma amiga (piriguete) de uma vizinha (também piriguete), a guria não foi com a minha cara logo de início, não sei o porque, talvez pelas minhas apresentações de axé (é eu curtia), na varanda da minha casa, onde dava para todo mundo que passasse ver, inclusive "o cara" e como todo homem ele babava geral quando eu e umas amigas fazíamos isso.
Nessa época, eu ficava com o vizinho gatinho, "louro", olhos azuis, tipo saradão, aquele que todas querem pegar, mas eu peguei primeiro (hahahaha), então não ligava para os ciúmes da piriguete morena.
Quando ela estava com "o cara" e me via, só faltava comer "o cara" no meio da rua, coitada e eu nem aí, afinal eu ficava com o Leonardo di Caprio da rua! rs
Mas o tempo foi passando, essa tal garota brigou com a amiga ( a vizinha piriguete) e deixou de aparecer, o meu cat boy, se interessou pela prima do melhor amigo, que também era vizinha (outra piriguete - a rainha), resumindo eu e "o cara" ficamos "alone" (eu né, pq ele continuava com a filial dele).
Foi então que do nada começamos a conversar mais, interagir, tinhamos o mesmo estilo, somos do mesmo signo, não sei se isso diz muito, mas não custa acreditar. Até que eu acho que rolou um primeiro encanto diferenciado... (não me pergunte onde, nem quando e nem se rolou beijo, pq eu não me lembro.
O que me lembro é que, no começo paguei muitos micos, inventei histórias malucas, cheguei até a fugir de casa e ele me acobertando, mico total, pois no outro dia voltei para casa. rs Dá até vergonha só de lembrar. Nesse início eu me fazia de difícil, até porque ele não é nenhum Deus grego, só vale o corpo (tipo camarão: corta a cabeça e aproveita o corpo) e como toda adolescente, morria de medo da namorada descobrir, o que não era difícil, pois ela é parente, do tipo prima, só não lembro o grau e nem o lugar na árvore genealógica, afinal, agora pouco importa pois eles já são marido e mulher.
Íamos ficando de vez em quando, ah!, esqueci de dizer onde nos conhecemos, ele trabalha em frente a minha casa, numa oficina de lataria de carro. Todo dia dá pra vê-lo, o que chama atenção como disse é o físico saradinho dele! UAU! kkk
Arrisquei então, convidá-lo para o meu aniversário de 15 anos, nem sei porque tive essa ideia absurda, afinal, a senhora dele não o largava de forma alguma.
Nessa época eu tinha um 'amigo', vizinho também, vou nomeá-lo de "se acha", pq em tudo ele dizia que era o foda, mas as vezes ele era gente boa. Nessa época do meu aniversário ele azucrinou "o cara" para vir a minha festa, eu acreditava que nada adiantaria, pois o problema não era ele e sim (como já disse), sua digníssima mulher.
Todo mundo foi chegando pro meu aniversário onde rolava só axé (já disse, eu curtia horrores!): chegou os parentes do namorado da minha mãe na época (inclusive um cara muito gatinho), minhas amigas, minha prima e melhor amiga, o meu Leonardo di Caprio (que já não era mais tão meu), o meu vizinho "se acha", o melhor amigo do meu irmão. Bom, até ai tudo ótimo, foi então que numa tal hora, o meu amigo "se acha", interrompeu minha coreografia de axé e me chamou num canto, eu decepcionada, pois eu queria era dançar falei: - O que é?, aí ele respondeu: "O cara chegou e pediu pra vc ir lá na frente!", meu coração disparou... Não era possível, como ele conseguiu?
Chegando a frente da minha casa ele (o cara): "Oi, tem festa ainda?!"
Opaaa se tinha, e ia começar naquela hora!
Dançamos mais um pouco, bebemos (até eu ficar super alegre) e nada de beijo rolar entre eu e ele, estava com vergonha e ele com medo da minha mãe. E no fundo eu tinha esperanças em voltar com o Leonardo di Caprio, afinal, o que ele estava fazendo ali? Claro que algum interesse, deveria ter.
Mas, com a chegada do "cara", o "Leo di Caprio", se sentiu meio excluído ou meio jogado por mim e decidiu ir embora, então caminho livre para "o cara", que no fim não rolou mesmo, pelo medo da minha mãe. Rolou papo só!
Fim de festa e ele foi embora, segundo ele a mulher dele já tinha ligado várias vezes perguntando onde ele estava e ele estava ficando sem desculpas. O deixei ir, com dor no coração, afinal, eu estava com vontade de dar um beijo enele, afinal, o esforço em me ver, foi bem grande! Mas ficamos no 0 a 0.
.... Cansei por hoje.... Outro dia conto mais um pouco!